Pesquisar

DESAFIOS E OS ROUBOS NO MUSEU DO LOUVRE

Desafios existem! Nunca saem de moda. Roubar o Museu do Louvre – maior museu de arte do mundo e um monumento histórico da França – é um deles. O mais recente aconteceu em 19 de outubro de 2025. Quatro ladrões entraram durante o horário de funcionamento, usaram um guindaste para acessar o interior do museu e fugiram levando joias da coroa francesa. O poeta e crítico de arte francês Guillaume Apollinaire (1880 – 1918) morreu jovem, com apenas 38 anos de idade, vítima da gripe espanhola. É considerado o mais importante ativista cultural das vanguardas do início do século XX. É conhecido também por sua poesia sem pontuação e por ter escrito manifestos importantes para as vanguardas na França, tais como o do Cubismo, e de ser o criador da palavra “Surrealismo”. Apollinaire, em 21 de agosto de 1911, foi acusado de cúmplice no roubo do quadro “Mona Lisa”, exposto no Louvre, obra do italiano Leonardo da Vinci (1452 – 1519). Depois de investigações, o poeta chegou a ser preso e mantido na cadeia por uma semana, até ser solto, por falta de provas. No seu depoimento – não há documentos sobre o que foi dito – Apollinaire acusou o pintor espanhol Pablo Picasso (Pablo Ruiz Picasso, 1881 – 1973), de ser o mandante do roubo. Picasso foi ouvido e nada foi encontrado que o incriminasse. Dois anos depois, em 1913, a polícia da Itália prendeu o italiano Vincenzo Peruggia, ex-funcionário do Louvre, tentando vender a pintura. Em 1914, “Mona Lisa” foi reintegrada ao acervo daquele museu francês. Historiadores e cientistas da arte afirmam que a mulher retratada no quadro é a italiana Lisa Gherardini (1479 – 1542), nascida em Florença, e que seu marido, Francesco del Giocondo, foi quem encomendou a obra. “Mona Lisa” é, muito provavelmente, a obra de arte mais famosa da história ocidental. Mede 77 cm de altura por 53 cm de largura e foi levada para a França pelo próprio Leonardo da Vinci, quando morou naquele país e trabalhou na Corte francesa. Foi vendida para Francisco I, rei da França, entre os anos de 1515 e 1547. O poeta Guillaume Apollinaire morreu em 1918, quatro anos depois que “Mona Lisa” voltou para o Louvre. Está sepultado no cemitério de Père-Lachaise, em Paris, tendo sobre seu túmulo uma escultura em forma de menir, monumento megalítico, feito por ninguém menos que o pintor e escultor espanhol Pablo Picasso. Nuances da vida. Desafios, talvez.

João Scortecci