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A FAMÍLIA GUINNESS E A LÓGICA MENOR

Assistindo na Netflix “House of Guinness”, série sobre a família Guinness, criada por Steven Knight, escutei da personagem Ellen Cochrane (atriz e modelo irlandesa Niamh McCormack), a seguinte citação: “Segredo entre três pessoas, duas precisam estar mortas", provérbio atribuído a Benjamin Franklin (1706 – 1790), um dos líderes da Revolução Americana, conhecido por suas citações e experiências com a eletricidade. Dei pausa na série – interessante, recomendo - e fui procurar saber sobre a tal citação. Significado: “é extremamente difícil, ou praticamente impossível, manter um segredo guardado apenas com a confiança de algumas pessoas, pois com o tempo, o segredo acaba sendo revelado e espalhado.” A lógica por trás da frase: Se houver três pessoas, A, B e C, a pessoa A conta o segredo a B. B pode então revelar o segredo a C. Nesse ponto, o segredo já não é um segredo, pois foi partilhado com duas outras pessoas. A única forma de garantir que B não revele o segredo a C é se C não estiver vivo, ou seja, morto. Durante o período de faculdade no Mackenzie, adorava Lógica Menor. Lembro-me que na época fiquei fã do filósofo francês Jacques Maritain (Jacques Aimé Henri Maritain, 1882 – 1973) e sua obra "A Ordem dos Conceitos, Lógica Menor", manual de lógica formal, focado na organização dos conceitos e na estrutura dos argumentos, publicado pela Agir. Não sei onde anda o meu exemplar. Devo ter emprestado, sem volta. Livro bom é assim: vai e não volta! A série - baseada em fatos reais - é sobre a família de Benjamin Guinness e o destino de seus quatro filhos adultos, Arthur, Edward, Anne e Bem, e a cervejaria Guinness, na Irlanda e em Nova York no século XIX. Sobre Benjamin Franklin – criança no Ceará nos anos 1960 - ficava horas olhando a ilustrações do seu experimento soltando pipa (Arraia, no Ceará) com o objetivo de demonstrar que os raios são fenômenos elétricos e não um castigo divino ou simplesmente a lógica por trás da morte. 

João Scortecci