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RELENDO PAPEL ANTIGO

Relendo anotações de rabisco encontrei versos de rodapé. Na época beiravam páginas e final de capítulo. Um livro assim não se vai. Fica. Não se despede nunca da vida. Cria raízes. Na verdade fica de amor e suas lembranças pontuando histórias. Algumas letras foram borradas de dor e outras molhadas de água e sal. Lágrimas? Talvez. Alguns “aloegos” são do tempo passado de antigamente e outros oportunos: presentes inteiros dentro do hoje. Minhas parábolas são curvas de rodapé, beiradas de papel, palavras escritas em um pequeno corpo poético.

João Scortecci