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Química das Empatias

Química das empatias. Da situação. Do nosso agora por todos juntos: iguais na dor. Da capacidade de saber o que sentiria - ela e por ela - caso estivesse na mesma situação de suas vivências. Ela das dores, das feridas, das chagas e do vazio do abandono. Qual vento nos ensina isso? Das empatias. Do altruísmo e da misericórdia. Das decisões pelo trem, pelos trilhos, pelo último vagão. No embarque do pulo o chão de sua chegada. De sua parada no ponto. Da mortalha que cobre o pano e o sangue da tragédia. Da empatia das químicas do mel. Do mel que voa suas abelhas pela dor compartilhada. Pude ainda ver a locomotiva subir na linha e virar a curva do longe e sumir. Do corpo que parou adiante. Despetalado. Inerte. Abatido. Resposta intelectual? Certeza que não. Talvez cansaço de razão, de indiferença, de vida que segue veloz.