Pesquisar

POLÍMATAS: LEONARDO DA VINCI, RUY BARBOSA, PEDRO II E OUTROS

Eu sou um admirador de biografias de polímatas. O italiano Ser Piero (Leonardo di Ser Piero da Vinci, 1452 - 1519), foi o maior deles, inegavelmente. Da Vinci foi poeta, cientista, matemático, engenheiro, inventor, anatomista, pintor, escultor, arquiteto, botânico, músico e figura importante do Renascimento. É conhecido, ainda, como o precursor da aviação e da balística. Duas de suas obras, a “Mona Lisa” e “A Última Ceia”, estão entre as pinturas mais famosas e reproduzidas de todos os tempos. Leonardo da Vinci faleceu em Amboise, Reino da França, no dia 2 de maio de 1519, aos 67 anos de idade. Um dos maiores polímata brasileiro foi o jurista, advogado, político, diplomata, filólogo, jornalista baiano Ruy Barbosa (Ruy Barbosa de Oliveira, 1849 - 1923), um dos intelectuais mais brilhantes do seu tempo e atuou na defesa do abolicionismo e na promoção dos direitos e garantias individuais. Outros polímatas brasileiros: José Bonifácio, Pontes de Miranda, Mário de Andrade, Nelson Rodrigues, Otto Maria Carpeaux, Santos Dumont, José Guilherme Merquior, Gilberto Freyre e Dom Pedro II, cuja biografia me encanta, sempre. O seu legado é imenso. Pedro II (1825 – 1891), cognominado "o Magnânimo", foi o segundo e último monarca do Império do Brasil, durante um reinado que durou 58 anos. Um erudito. Um polímata, com conhecimento em antropologia, geografia, geologia, medicina, direito, estudos religiosos, filosofia, pintura, escultura, enxadrismo, teatro, música, astronomia, química, física, poesia, tradução e tecnologia. Sua paixão pela linguística o levou a dedicar-se toda a sua vida ao estudo de novas línguas, chegando a falar e escrever não só em português, mas também em latim, francês, alemão, inglês, italiano, espanhol, grego, árabe, hebraico, sânscrito, chinês, provençal e o tupi. Ganhou o respeito e admiração de estudiosos como Graham Bell, Charles Darwin, Victor Hugo e Friedrich Nietzsche, e foi amigo de Richard Wagner, Louis Pasteur e Henry Wadsworth Longfellow, dentre outros. Tornou-se o primeiro brasileiro fotógrafo quando adquiriu uma câmera de “daguerreótipo”, primeiro processo fotográfico, em março de 1840. Tornou-se membro da Royal Society, da Academia de Ciências da Rússia, das Reais Academias de Ciências e Artes da Bélgica e da Sociedade Geográfica Americana. Em 1875 foi eleito membro da Académie des Sciences francesa, uma honra dada anteriormente a somente dois outros chefes de estado: Pedro, o Grande e Napoleão Bonaparte. Patrono das artes e das ciências comentou: "Se não fosse imperador, gostaria de ser um professor. Não conheço tarefa mais nobre do que direcionar as jovens mentes e preparar os homens de amanhã!". O Imperador Pedro II morreu no exílio, em Paris, aos 66 anos de idade. Seus restos mortais, assim como os de sua esposa, D. Teresa Cristina (1822 – 1889), foram trazidos para o Brasil em 1921, quando das comemorações do centenário da independência brasileira, em 1922. Está sepultado, junto com a esposa, no Mausoléu Imperial, em Petrópolis, Rio de Janeiro.

João Scortecci