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O GIRASSOL CEARENSE

Quase todo mundo que conheço sabe que acordo cedo, pontualmente às 4 horas da manhã. Mania antiga do tempo do II Batalhão de Guardas, no ano de 1976. Pontualidade de jegue cearense cheio de trejeitos e  fome. Nasci às 4 horas. Está escrito na certidão do Cartório João de Deus. Acordo - elétrico - e já ligo o radinho de pilhas - uma das minhas paixões. Cabeça mil por hora. Outro dia postei uma foto de toda a minha coleção de radinhos: os bons, os antigos, os quebrados e os novos, da Sansui. Ligo primeiro na CBN e depois mudo para a BandNews. Lá e cá. Nos dias de futebol fico fielmente na Transamérica. Hoje dei de ouvidos com o humorista e músico cearense Falcão (Marcondes Falcão Maia, 1957), o bom moço da Serra do Pereiro, aquele que carrega um imenso girassol no coração. Que delícia escutá-lo falar o seu besteirol inteligente. Sua conversa afiada lembra o velho João Batista da Light (avô) e o meu saudoso Pai, Luiz Gonzaga. O cara é imperdível ao profetizar: “A besteira é a base da sabedoria”. Verdade! Para quem gosta de um texto bem escrito e cheio de sabedoria: “Ficou por aê zoando, e depois de um pé de anos deu no que deu: construiu essa carreira eólica”. Ficamos de nos encontrar: quando? Não sei. Cearense não desiste de prometer. Uma hora dá certo.

João Scortecci