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O EQUILÍBRIO DOS CORAÇÕES

Acordei Yang. Receptivo e Feliz. Acolhedor! Dudu, meu inquieto Fox, cutucou-me, lambendo os dedos dos meus pés. 5 horas da manhã. Acorda! Hora do pão com ovo, queijo ralado, creme de leite, azeite a gosto, sal e pão de milho. Lavei a louça da véspera, coloquei tênis, peguei o capacete, as luvas e sai pedalando de bike, na São Paulo de 471 anos. Amo essa cidade! Conexão com o mundo: sentimentos e emoções à flor da pele. Equilíbrio: Yang e Yin em harmonia com a vida veloz. Energia lógica, racional e equilibrada. Li a obra Os Miseráveis do poeta e romancista francês Victor Hugo (Victor-Marie Hugo, 1802 – 1885), no final dos anos 1970. A obra, de 1862, descreve a vida das pessoas pobres em Paris e na França do século XIX. Mundo cão! Dudu – esperto – encarou-me. Perdão! E pensar que de lá pra cá, pouco ou quase nada mudou na história da humanidade. Continuamos miseráveis! O homem é o lobo do homem! Dói ver ruas e praças da amada pauliceia desvairada na miséria, no abandono, na sujeira, na miserabilidade humana. O mundo de 2025 acordou estranho, radical, estúpido e sujo. Os imbecis estão de volta, na ordem dos infernos. São muitos! Eles ditam as ideias, os espaços, a cor do sol. Estou de guarda: Yin – a lua – dorme, ainda. Mundo cão! Repito. Dudu - rosna e flui - abanando o rabo de lobo caseiro. O ano de 2025 acordou estranho, muito estranho. Aguardo, então, Yin. Receptivo e feliz. Procurando na lua o equilíbrio acolhedor da vida. 

João Scortecci