A PEN América é uma organização sem fins lucrativos, fundada em 1922, na cidade de Nova York, cujo objetivo é aumentar a conscientização para a proteção da liberdade de expressão nos Estados Unidos e em todo o mundo por meio do avanço da literatura e dos direitos humanos. O nome PEN América foi concebido como uma sigla: Poetas, Ensaístas, Romancistas e posteriormente ampliado para Poetas, Dramaturgos, Editores, Ensaístas, Romancistas. A PEN America organiza anualmente programas e eventos sobre literatura e direitos humanos, incluindo o “PEN America Literary Awards”, conhecido, também, como o "Oscar dos Livros". Segundo a PEN America, nos últimos dois anos, o livro “O olho mais azul” (“The bluest eye”), uma tentativa de dramatizar a opressão que o preconceito racial pode causar na mais vulnerável das criaturas: uma menina negra, da escritora Toni Morrison (1931 – 2019), Nobel de Literatura de 1993, sofreu pelo menos 116 proibições em bibliotecas americanas. “O olho mais azul” (Companhia das Letras), é considerado um dos livros mais impactantes de Toni Morrison, conta a história de Pecola Breedlove, uma menina negra que sonha com uma beleza diferente da sua. Negligenciada pelos adultos e maltratada por outras crianças por conta da pele muito escura e do cabelo muito crespo, ela deseja mais do que tudo ter olhos azuis como os das mulheres brancas -- e a paz que isso lhe traria. Mas, quando a vida de Pecola começa a desmoronar, ela precisa aprender a encarar seu corpo de outra forma. Poderosa reflexão sobre raça, classe social e gênero. Hoje, 17 de novembro de 2024, na FOLHA Ilustrada, páginas B4 a B7, recomendo o artigo “Ó, dizei, podeis ler?” do jornalista Eduardo Moura. Os números de livros censurados e proibidos não só nos Estados Unidos, mas no Mundo, assusta. Artigo completíssimo, para guardar, refletir e gritar: Podeis ler! Sempre.
João Scortecci
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