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POEMA DA PEDRA FILOSOFAL E O CÓDIGO DE NICOLAU FLAMEL

Alquimia. Fusão de líquidos, morte e amor. Das combinações: voluntárias ou não! Objetivos do corpo: transmutação - conversão de um elemento químico em outro - dos verbos copulativos, das palavras no papel. No “Elixir da Longa Vida”, as brevidades do coração. Remédio que curaria todas as doenças: até a morte! Das pedras do jogral. Do filosofal. Do pão e da carne. Criar – então - vida humana artificial e irmãos homunculus: no giro da cabala, no clone. Do único - que somos nós - e de todos - o derradeiro fim. O quarto e último, alquimia da cobiça, da riqueza – da existência passageira e breve. Na estrofe final do poema - sombrio e cruel – versos dos líquidos, das águas e da dor do feto. Emanação divina e dor. Depois, vida que segue: mortal e frágil. Nicolas Flamel nasceu em Ponoise, França, no ano de 1330. Foi escrivão, copista, vendedor de livros, escritor e alquimista. Escreveu os livros: “O Livro das Figuras Hieroglíficas” (1399), “O Sumário Filosófico” (1409) e “Saltério Químico” (1414). Ganhou fama e fortuna como alquimista. Segundo a lenda teria fabricado a Pedra Filosofal através da transmutação - conversão de um elemento químico em outro - de metais em ouro por meio de ensinamentos de um livro “misterioso” que fundamentou, posteriormente, suas obras alquimistas. Nicolas morreu com 88 anos, em Paris, no ano de 1418. Em vida ocupou-se em transformar chumbo em ouro. Não teve tempo para aprofundar-se no princípio da “invisibilidade” - outro desafio alquimista - e nem na obtenção do “Elixir da Longa Vida”, remédio que curaria todas as doenças, até a pior de todas: a morte. Nicolau Flamel registrou no seu testamento - em código - o processo de transformar chumbo em ouro. No ano de 1758, uma dupla de decifradores, quebrou o código e tentou produzir ouro seguindo as instruções do livreiro parisiense. Em vão. Quem quiser tentar a sorte, o “Código de Flamel” está exposto na Biblioteca Nacional em Paris, uma das mais antigas - intimamente ligada à história da França - e uma das maiores bibliotecas do mundo. 

João Scortecci