O grego Prometeu não me sai da cabeça. Complicado isso. Eu querendo “limpar” a cabeça e a vida comendo-me o fígado. Culpa do Professor Luiz Felipe Pondé e o seu novo livro “Diálogos sobre a natureza humana”. Acontece. Mais um livro na lista do comprar, talvez. Prometeu foi um defensor da humanidade, responsável por roubar o fogo de Héstia - deusa virgem grega do lar, lareira e fogo místico - e dá-lo, indevidamente, aos mortais. O cara era um louco! O deus Zeus - senhor dos deuses e dos homens - temendo que os mortais ficassem tão poderosos quanto os próprios deuses, ordenou a Hefesto - deus dos ferreiros - que o acorrentasse a uma rocha, no cume do monte Cáucaso, por 30 mil anos. Zeus, não satisfeito, ainda - colocou uma água faminta, para comer-lhe o fígado. Crueldade divina! Prometeu - depois de milhares de anos - acabou sendo libertado do seu sofrimento por Hércules, filho de Zeus - conhecido por sua força física. Hércules não gostava de comida “crua” - é o que dizem. Queremos fogo! No lugar de Prometeu - depois de negociar com o deus Zeus sua liberdade - Hercules - colocou no seu lugar, o imortal Quíron, um centauro considerado superior, diferente do resto dos centauros: indisciplinados, delinquentes, sem cultura e violentos. Quíron foi para o sacrifício, perdeu sua imortalidade, permitindo assim que a humanidade obtivesse o uso do fogo, para o deleite de Hercules. O sacrifício de Quíron rendeu-lhe - é o que fazem da história - uma homenagem galáctica: arqueiro destemido na constelação de Sagitário. Digo sempre: olha-se pouco para o céu. Prometeu? Cumpra!
João Scortecci
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