Pesquisar

SAFO, ODE A AFRODITE E O SALÃO LITERÁRIO DE MADEMOISELLE DE SCUDÉRY

“Ode a Afrodite” é um poema lírico escrito pela poeta grega Safo, em que o orador pede a ajuda de Afrodite, deusa do amor, da beleza e da sexualidade na antiga religião grega e responsável pela perpetuação da vida, prazer e alegria, em busca de um jovem amado. Safo é conhecida por sua poesia escrita para ser cantada ao som da lira. O poema “Ode a Afrodite” chegou aos nossos dias preservado pelo historiador e crítico literário grego da Ásia Menor, Dionísio de Halicarnasso, nascido na metade do século I a.C. e falecido possivelmente no fim do século I a.C.), em sua obra A composição dos nomes. O poema de Safo faz uso da linguagem homérica e alude a episódios da Ilíada. Pouco se sabe sobre a vida de Safo. Era filha de uma família rica da aristocracia de Mitilene, capital da ilha grega de Lesbos, situada no mar Egeu. Fontes dizem que ela tinha três irmãos, e os nomes de dois deles são mencionados no poema "Os Irmãos", descoberto em 2014. Os versos, divulgados pelo The Times Literary Supplement, da Inglaterra, expressam o amor de Safo por suas companheiras na ilha grega de Lesbos, que deu origem ao termo "lesbianismo" para designar o amor entre mulheres. O poema foi encontrado após Michael Gronewald e Robert Daniel, pesquisadores da Universidade de Colônia, na Alemanha, identificarem um papiro que envolvia uma múmia do século III a.C. A escritora francesa Madeleine de Scudéry (1607 –1701), também conhecida como Mademoiselle de Scudéry – de pseudônimo “Safo”, em homenagem à poeta grega, e com estilo literário conhecido como “preciosismo” – conduziu, em meados do século XVI, na França, um importante salão literário, conhecido como "Sábados de Mademoiselle de Scudéry", nos quais personagens proeminentes da sociedade francesa, tais como, Madame de Lafayette, Conrart, Chapelain, Montausier, François de La Rochefoucauld, Sevigné, Antoine Gombaud e Paul Pellisson, reuniam-se para discutir questões eruditas e filosóficas. Scudéry foi a primeira mulher a obter o prêmio da Academia Francesa. O livro Mademoiselle de Scudéry - sua vida e sua correspondência foi publicado somente 172 anos depois de sua morte, no ano de 1873. É de Scudéry a conhecida máxima da razão: “Quando se faz aquilo que se pode, faz-se aquilo que se deve”.

João Scortecci