Coleciono “aglutinações” num caderninho azul. Tenho “pérolas” de que não abro mão - mesmo depois de 30 anos. Uma raridade em destaque: “O plano é imexível” declaração do ex-ministro do Trabalho e da Previdência Magri (Antônio Rogério Magri) tentando justificar o “inexplicável” Plano Collor. Hoje lendo a coluna da jornalista Carla Araújo encontrei uma amálgama (junção consciente e criativa de duas ou mais palavras) perfeita e imexível: “Sincericídio” e a manchete: “Governo teme - sincericídio - de Guedes na CPI e quer barrar convocação.” "Sincericídio" é uma expressão que pontua uma situação de exposição de uma verdade relativa com opiniões e julgamentos sem considerar o sentimento do receptor ou a conveniência social. Em outras palavras: falar a “verdade” nem sempre é prudente. Uma bomba-relógio! No Caso de Paulo Gudes, ministro da Economia do Brasil, o imbróglio não é ele falar ou não a verdade ou mentir ou não. Sabemos do que Guedes é capaz. Temem-se os “imexíveis” exemplos de que o ministro gosta e costuma usar para explicar e justificar suas aglutinações do pensamento. Quem milita na política sabe do segredo: evitar, ao falar, citações, comparações e exemplos! Mentir pode. Faz parte!
06.05.2021
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