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O ERRANTE DE GIBRAN - NA POÉTICA UM DESTRO GAUCHE

Lendo num "livreto" de pensamentos - inúteis - que encontrei numa arrumação de estante: “Errar não significa que você é um errado na vida! Você é um errante.” A máxima levou-me até a obra "O ERRANTE" do poeta e filósofo libanês Gibran Khalil Gibran (1883 - 1931) e sua parábola sobre a insatisfação e os desencontros da vida. Gibran foi leitura do inicio dos anos 1970. Dois assuntos - atuais e oportunos - chamaram-me a atenção: a febre dos mal-entendidos - ignorância sistêmica que assola o mundo -, e o desencontro de opiniões, extremistas e radicais, fora do círculo virtuoso das ideias. Sua obra mais conhecida (O Profeta, 1923) figura entre os livros mais vendidos no mundo e foi traduzido em mais de 100 idiomas. Gibran tem o poder de conversar com você. Fala com simplicidade, espiritualidade e profunda sabedoria. Não impõe, não obriga e não castiga. Ele fala - você escuta. Você pergunta e ele responde, num diálogo de almas. Em "O Profeta" o início do autoconhecimento: “o que poderia lhes falar senão do que está agora movendo dentro de vossas almas?”. Não sou um “errado” de tudo. Sou um poeta errante! Na poética eu diria: um destro gauche! Gibran Khalil Gibran nasceu em Bsharri, distrito libanês localizado na província do Líbano Setentrional, no dia 6 de janeiro de 1883. Morreu em Nova Iorque, jovem de tudo, no dia 10 de abril de 1931, com apenas 48 anos de idade. 

João Scortecci