Fiquei sabendo que o “poeta” desconhecido morreu. Era jovem e triste. Não tinha ainda completado o gozo de quarenta primaveras. Adorava cheiros. Todos! Fui seu primeiro leitor crítico. Ele era o moço do verso: “até tudo é nada”. Seu corpo magro foi cremado e suas cinzas – provavelmente - depositadas na vala do pote único. Estou agora procurando em algum lugar do disco rígido do meu PC os seus últimos versos. Despedidas? Eu os guardei! Certeza que sim. Onde? Busco encontrá-lo em outonos ou invernos? Será que nos perdemos - definitivamente - um do outro? Até tudo é nada.