No dia 2 de dezembro de 2025 aniversário de nascimento de 200 anos de Pedro II (Pedro de Alcântara João Carlos Leopoldo Salvador Bibiano Francisco Xavier de Paula Leocádio Miguel Gabriel Rafael Gonzaga, 1825 – 1891), segundo e último monarca do Império do Brasil. Pedro, cognominado "o Magnânimo" comentou em seu diário em 1862: "Nasci para consagrar-me às letras e às ciências". Era um polímata e leitor voraz. Interessava-se por antropologia, geografia, geologia, medicina, direito, estudos religiosos, filosofia, pintura, escultura, enxadrismo, teatro, música, astronomia, química, física, poesia, tradução e tecnologia. Falava não só o português, mas também latim, francês, alemão, inglês, italiano, espanhol, grego, árabe, hebraico, sânscrito, chinês, provençal e tupi. Tornou-se o primeiro brasileiro fotógrafo quando adquiriu uma câmera de daguerreótipo (processo fotográfico desenvolvido por Louis-Jacques-Mandé Daguerre, em 1840, que produzia imagens únicas e detalhadas em placas de cobre com revestimento de prata). Criou um laboratório fotográfico em São Cristóvão, no Rio de Janeiro. Em 2017, a cidade de Fortaleza ganhou um novo farol, no bairro Vicente Pinzón, com 72 metros de altura e três vezes mais alto que o do Mucuripe, imortalizado como sendo “Os olhos do mar”. O novo farol conserva o aparelho lenticular do farol do Mucuripe, de alto valor histórico e simbólico, por ter pertencido a Pedro II. Relendo a sua biografia não pude deixar de observar a data de sua morte (5 de dezembro de 1891, no Hotel Bedford, em Paris), de ter morrido jovem, com apenas 66 anos de idade. Quando criança admirava vê-lo nas fotos idoso, sábio, culto e inteligente. Desconhecia sua tristeza e resignação quanto ao fim da monarquia. Salve Pedro: Os olhos do mar!
João Scortecci