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PERSONAGENS REAIS DE UM MUNDO FICTÍCIO

Eu e as crianças fãs do Batman, o Homem-Morcego. Em maio de 2024 o Batman completou 85 anos. Quando nasci, em 1956, o Homem-Morcego era um jovem dos seus 17 anos de idade. Uma vez comemorei o Batman Day, com um minuto de silêncio. Coisas que não fiz - quando criança - e hoje me arrependo: fantasiar-me de homem morcego, visitar sua batcaverna, quartel-general do Bruce Wayne (identidade secreta do Batman) fazer um tour em Gotham City e dar um rolê no seu batmóvel, na Rua Augusta. Nunca gostei de saber que Fred Flintstone, Professor Pardal, Cebolinha, Margarida e  Pluto, cão da raça bloodhound, mascote do personagem Mickey e outros, são personagens fictícias. Desconfio desta classificação de termo usado para designar uma narrativa imaginária. Pergunta: seriam os sonhos, os desejos, as fantasias, também labirintos fictícios? Desconfio. No meu castelo de cartas, no meu jogo de dominó, no meu baralho de ases, no dado mágico que é a vida, a ficção reivindica ser também parte da realidade. Milton "Bill" Finger (1914 - 1974), foi um escritor de tiras de quadrinhos e o criador do Batman, da revista de história em quadrinhos norte-americana, Detective Comics (1937), em conjunto com seu amigo Bob Kane (1915 – 1998). Nós crianças somos assim: personagens reais de um mundo fictício. 

João Scortecci