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NÃO OUSO PERGUNTAR

Sou doido, mas não sou louco. No máximo, um ogro enlouquecido! Pesquisa antiga - Fecebook avisando - feita pelo Instituto Britânico: “Crianças preferem o Google aos pais para tirar dúvidas. Até ai nenhuma surpresa. O Google substituiu com propriedades as enciclopédias: Barsa e Britânica. O que assusta na pesquisa do Instituto Britânico é que 34% das crianças não acredita que seus pais sejam capazes de ajudá-las a fazer o dever de casa e 14% não acham seus pais inteligentes.” Confesso, sem remorso: “Não fui capaz de ajudar meus filhos quando crianças com a lição de casa”. Motivo maior, talvez: impaciência masculina, algo assim. Ocupei-me - deveras - com contação de histórias e causos mirabolantes. Fiz isso, até o dia que minha filha Patrícia - esperta que só ela - disse-me: Pai, você está inventando! Então, desisti, de vez. Hoje, tento fazer o mesmo - contar histórias - para os meus netos, sem sucesso. Passei? De volta à pesquisa: Fiquei cabreiro - mesmo - com o tal dos 14% que não acham seus pais inteligentes. Não ouso perguntar-lhes. Já disse: sou doido, mas não sou louco. Aqui cabe o que mamãe Nilce dizia: “Santo de casa não faz milagre”. E pensar que a pesquisa do Instituto Britânico é do ano de 2012. Doideira, né? Hoje, já deve ter passado dos 50%, pensar que os filhos do Google não acham seus pais inteligentes. Ogro enlouquecido e nada mais.

João Scortecci