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EU E O DIVINO

No 1º de maio de 1972, em uma loja de discos da Rua das Palmeiras, Santa Cecília, em frente ao Lord Palace Hotel, número 78, conheci um grupo de jogadores da Sociedade Esportiva Palmeiras. Eram eles: Cesar Maluco, Edu Bala, Nei e o zagueiro Luis Pereira. Estavam “concentrados” no hotel, aguardando o jogo contra o time do Guarani Futebol Clube, de Campinas, pelo Campeonato Paulista. Vocês vão ao jogo? Pergunta do centroavante César Maluco para o grupo: Eu, Maria Esther Perfetti, Eduardo Perfetti, irmão de Esther, já falecido, e mais um amigo, membros da comunidade de Jovens da paróquia de Santa Cecília. “Vamos!” Respondi. Quem disse disse? Eu. Tinha 17 anos, incompletos. Naquele dia inesquecível, tornei-me Palmeirense e fui, pela primeira vez, assistir a um jogo de futebol no Parque Antártica. O Palmeiras ganhou o jogo de 1 x 0, gol de cabeça do atacante Madurga, aos 20 minutos do segundo tempo. Em campo fiquei de olho num jogador incrível, que parecia flutuar no gramado. Mágico. Divino. Seu nome: Ademir da Guia (Ademir Ferreira da Guia, 1942 -    ). 45 anos depois, reencontramo-nos, desta vez no Allianz Parque, estádio do Palmeiras, construído no mesmo lugar do antigo “Palestra Itália”, inaugurado no dia 19 de novembro de 2014. Hoje, 51 anos depois, tenho cadeira numerada, no setor FF-124 do estádio, setor Leste. Coincidências não existem. A cadeira está localizada - estrategicamente - na mesma posição do estádio quando fui pela primeira vez assistir o Palmeiras jogar, no ano de 1972.

João Scortecci