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LIVROS, ELES PROCURAVAM LIVROS!

A escritora e filósofa espanhola Irene Vallejo nasceu em Zaragoza, capital da província e da comunidade autônoma de Aragão, na Espanha. Vallejo - que nasceu em 1979 - escreveu o livro “O infinito em um junco - A invenção dos livros no mundo antigo” publicado em 2022, pela editora Intrínseca.  Estou no começo - depois de apaixonar-me pelo Prólogo - e começar o capítulo 1 “A Grécia imagina o Futuro”. Um livro sobre a evolução dos livros. Um passeio pela trajetória desse artefato fascinante que inventamos para que as palavras pudessem viajar no espaço e no tempo. É a história de sua fabricação e de todos os modelos e formatos que testamos ao longo da jornada humana. Nada mais “vibrante” em saber sobre a criação da Biblioteca de Alexandria. “Escrever é tentar saber aquilo que escreveríamos se escrevêssemos” (Marguerite Duras, 1914 - 1996). Como diz o escritor, filósofo, linguista e bibliófilo italiano Umberto Eco (1932 - 2016), o livro pertence à mesma categoria que a colher, o martelo, a roda e a tesoura. Uma vez inventados, não se pode fazer nada melhor. “De fumaça, de pedra, de argila, de seda, de pele, de árvores, de plástico e de luz”. A obra “O Infinito em um junco” de Irene Vallejo, nos conduz pela vida do livro e pela vida daqueles que o preservam há quase cinco milênios. Estou agora lendo sobre a “sedução” que era na época a cidade de Alexandria. Cultura e sensualidade: “A cidade dos prazeres e dos livros; a capital do sexo e da palavra.” Não resisti. Confesso. Li o Epílogo. Nós somos os únicos animais que fabulam... Que conspiram, conversam, falam e tramam. Agora - tento - acalmar o coração. Depois, seguir em frente, novamente. 

João Scortecci