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O INVENTOR GRAHAM BELL, A CALIGRAFIA DO PROFESSOR DE FRANCO E A REVISTA NATIONAL GEOGRAPHIC

Nos anos 1990, quando a Internet começava a se popularizar, uma das primeiras coisas que fiz foi utilizar os “buscadores” da época para pesquisar os “acontecidos” de 1956, o ano em que nasci. Listei nascimentos de pessoas ilustres, mortes, tragédias, guerras, descobertas e grandes invenções. Anotei tudo - medo de sumir, algo assim - num caderno espiral. Lembro-me da surpresa que foi descobrir que o cientista e inventor britânico Graham Bell (Alexander Graham Bell, 1847 – 1922) havia falecido no dia 2 de agosto, dia do meu aniversário. Mexendo no memorial da Scortecci Editora – procurando não sei o quê – encontrei o tal caderno de anotações. Trinta anos! Letra legível, bonita, diferente da desgraça que é hoje, que nem eu mesmo consigo ler. Lembrei-me, na hora, do professor de caligrafia De Franco. Abri o caderno de memórias e li o que havia anotado. Nada relevante, além da morte de Graham Bell, inventor do telefone. Lendo sua biografia, encontrei nota informando que o engenheiro químico e industrial florentino Antonio Meucci (Antonio Santi Giuseppe Meucci, 1808 – 1889) havia sido o verdadeiro inventor do telefone, tendo vendido para Bell, o protótipo do aparelho, na década de 1870. Surpreendi-me, ainda, ao saber que Graham Bell foi um dos fundadores da “National Geographic Society”, em 1888, com outros 33 cientistas, professores e empresários interessados em organizar uma sociedade para o incremento e a difusão do conhecimento geográfico, responsáveis pela publicação da revista “National Geographic”. Hoje, a revista é uma obra-prima conhecida mundialmente por sua qualidade editorial, publicada em 32 idiomas e em diversos países ao redor do mundo, inclusive no Brasil. Foi pioneira na impressão de fotografias a cores, quando essa tecnologia estava apenas no início. O primeiro número da revista – com o título “The National Geographic Magazine”, mais tarde reduzido para “National Geographic” – foi publicado nove meses depois da fundação da Sociedade. Um detalhe curioso: até 1960, as capas só continham texto, um breve sumário e nenhuma fotografia. 

João Scortecci