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A PROFECIA DE MUSSOLINI: “PELO SANGUE DA PIAZZALE LORETO, PAGAREMOS CARO!”

A Piazzale Loreto – situada na região central de Milão-Itália, distante, aproximadamente, 4 km da Catedral de Milão – em 10 de agosto de 1944, durante a Segunda Guerra Mundial, foi palco da execução pública, pelas autoridades de ocupação alemãs, de 15 civis milaneses escolhidos a dedo pelo chefe da Gestapo em Milão, Theo Saevecke (1911-2000) – responsável pelos holocaustos na Polônia e na Itália – como represália por um ataque a um comboio militar alemão. Os executados – por enforcamento – foram deixados em exposição em praça pública por vários dias. O evento ficou conhecido como o "massacre da Piazzale Loreto”. No rescaldo desse evento, diz-se que o ditador Benito Mussolini (Benito Amilcare Andrea Mussolini, 1883-1945) comentou, profeticamente: "Pelo sangue da Piazzale Loreto, pagaremos caro". Em 29 de abril de 1945, a Piazzale Loreto foi palco de um dos eventos mais conhecidos da história moderna da Itália, a exibição pública dos cadáveres de Benito Mussolini, de Clara Petacci (sua amante) e dos fascistas Alessandro Pavolini e Achille Starace. Na véspera do acontecido, eles foram capturados e fuzilados por guerrilheiros, perto do Lago de Como, na Lombardia, quando tentavam fugir para a Suíça. Seus corpos foram levados para Milão e lá, na Piazzale Loreto, foram fotografados, chutados, cuspidos, apedrejados e, por fim, como um ato de vingança pelo enforcamento dos 15 civis milaneses, foram pendurados de cabeça para baixo, no teto de um posto de gasolina, entre o Corso Buenos Aires e a Viale Andrea Doria. Mussolini foi enterrado em uma cova anônima no cemitério de Musocco, distrito de Milão, localizado na periferia noroeste da cidade. No domingo de Páscoa de 1946, seu corpo foi desenterrado e mantido em sigilo por 11 anos. Desde 1957, seu corpo está sepultado na comuna italiana de Predappio, sua cidade natal, na região da Emilia-Romagna, província de Forlì-Cesena, no norte da Itália. Sempre que visito pela primeira vez uma praça – gosto delas – lembro-me da máxima: “Toda praça tem uma história”.

29.04.2022