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A VIDA É UM SOPRO ATÉ PARA O IMORTAL DRUMMOND

O Palácio Capanema - Edifício Gustavo Capanema - é um prédio público localizado na Rua da Imprensa, número 16, no centro da cidade do Rio de Janeiro. É considerado um marco da arquitetura moderna brasileira, tendo sido projetado por uma equipe composta por Lucio Costa, Carlos Leão, Oscar Niemeyer, Affonso Eduardo Reidy, Ernani Vasconcellos, Jorge Machado Moreira e Roberto Burle Marx, com consultoria do arquiteto franco-suíço Le Corbusier. A construção ocorreu entre 1936 e 1945, e a obra foi entregue em 1947. O edifício tem 16 andares sobre piso térreo com um pé-direito monumental, de mais de nove metros de altura. Belíssimo! Seu revestimento externo é decorado por azulejos de Cândido Portinari, além de pinturas de Alberto Guignard, Pancetti e esculturas de Bruno Giorgi, Adriana Janacópulos, Jacques Lipchitz e Celso Antônio Silveira de Menezes. Em 1997 - quando membro da CNIC, Área de Humanidades, Lei Rouanet, do Ministério da Cultura - conheci o Palácio Capanema e lá “revisitei” a mesa do poeta Carlos Drummond de Andrade (1902-1987), onde o moço de Itabira - desavisado de tudo - escrevia seus versos, sob a guarda do amigo Gustavo Capanema. Lendo o jornal “Valor Econômico”, dei fé que o governo federal colocou à venda o Palácio Capanema, hoje sede da FUNARTE, juntamente a outros 2262 imóveis públicos, na capital fluminense. Na reportagem, lê-se que o prédio está listado com uma das “estrelas” do feirão de vendas de imóveis públicos administrados pelo governo federal. Mais uma tragédia no céu! Relendo “Claro Enigma”, veio-me a dor de perda ou algo assim: “A máquina do mundo me convidou a aceitar o que eu não quis.” E agora, José?

13.08.2021