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Positivismo e chute na canela!

Caro Auguste Comte, meu amigo. Segue bilhete deveras atrasado. Perdão! Fiquei travado na versão para o francês e na máxima: "Ordem e progresso". Somos complexos e sérios naquilo que a mente concebe ou entende. O “sério” fica por conta do patrício Charles de Gaulle (1890-1970), teu general no futuro. 26 de julho é aniversário de 78 anos de morte do filósofo, jurista e acadêmico cearense Clóvis Beviláqua (1859-1944), um monista evolucionista (assim declarou-se), autor da obra “A Filosofia Positivista no Brasil” (1883). Beviláqua e os intelectuais Tobias Barreto, Sílvio Romero e Euclides da Cunha fundaram a “Escola do Recife”, movimento que difundiu o Positivismo, corrente filosófica e científica que surgiu na França no começo do século XIX. Estou lendo sobre “Religião da Humanidade” (sem elementos extra-humanos ou sobrenaturais) e confesso aqui com os meus ossos: não estou vendo muita graça no babado. Seria o mesmo que futebol sem a presença de um árbitro ladrão, de bandeirinha safado, mala preta, gol de mão, cuspe na cara, carrinho na lateral, chute na canela, puxão de camisa e impedimento duvidoso. Ainda estou no começo do fim. Meu queridíssimo Auguste Comte (1798-1857), bilhete escrito em tempo algum – desavisado de tudo – é assim mesmo: para francês ver! Acho que sou do dualismo e do pluralismo místico: gênero e grau. Existe isso? E mais: adoro velas, santinhos, medalhinhas, arruda, capim-santo, água benta e reza brava. Ó, Charles! Ó, Pau-Brasil! O tempo nos dirá ou não.