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EPITÁFIO DO ENGANADOR DA MORTE

Sísifo - filho do rei Éolo, da Tessália, e Enarete - foi um enganador. Dos bons! Foi o único que conseguiu enganar Tânato, deus da morte e Hades, deus dos mortos. É considerado na mitologia grega o mais astuto de todos os mortais. Mestre da “malícia” e um dos maiores ofensores dos deuses. Sísifo foi condenado por Zeus - Pai dos deuses - e encaminhado para as mansões da morte. Ao se despedir da esposa (Mérope) fez um pedido: Não enterrem o meu corpo! Já no inferno, Sísifo reclamou com Hades - deus dos mortos - da falta de respeito de sua esposa em não o enterrar. Isso não se faz! Suplicou, então, por mais um dia de prazo, para se vingar de Mérope - mulher ingrata - e cumprir os rituais fúnebres. Hades - deus dos mortos - lhe concedeu o pedido. Sísifo então retomou seu corpo e fugiu. Depois de enganar por duas vezes a morte foi condenado a repetir eternamente a tarefa de empurrar uma imensa pedra até o topo de uma montanha, sendo que, toda vez que estava quase alcançando o topo, a pedra rolava montanha abaixo até o ponto de partida. Tudo culpa da pobre Mérope, que não cumpriu os rituais fúnebres. Sobre a tumba: “Pedido de vivo desconfie sempre!”  

João Scortecci