Das manadas. É o chamado "panic buying" ou compras motivadas pelo pânico. Confesso: a do papel higiênico é coisa de doido. Respeito, claro. Tenho um primo queridíssimo que sofre do “troço”. Sempre que entra em um supermercado compra um fardo de papel higiênico, precisando ou não. Fez isso na minha presença três vezes, tudo no mesmo dia. Na terceira “aquisição” perguntei-lhe, de curioso: anda faltando papel higiênico na praça? Não. Respondeu. É que tenho essa mania desde quando me entendo por gente. Declarou-se. Compreendo, respondi. Pergunta: E o que você faz com os fardos de papel higiênico? Eu os guardo no depósito. Isso aconteceu em 2015, em Fortaleza. Hoje, quando fiquei sabendo pela mídia das “manadas” por papel higiênico, devido ao corona vírus, lembrei-me da história maluca do meu primo. Aqui com os meus intestinos: ligo ou não para o meu primo? De duas uma: vai ganhar muito dinheiro vendendo papel higiênico ou acelero de vez o seu apetite por fardos de papel higiênico. Tenho certeza que ele vai ler esse post e me ligar emputecido. Fazer o quê? Papel higiênico - também - aceita tudo.
João Scortecci