Cagliostro (Giuseppe Giovanni Battista Vincenzo
Pietro Antonio Matteo Balsamo,
1743-1795) era um enganador. Ficou conhecido com o “Príncipe dos
Charlatões”. Começou sua vida de transmutação na alquimia. Depois se tornou ocultista
e até curandeiro. Viajou o mundo aplicando golpes. Frequentou a corte do rei
Luís XVI até se envolver no famoso “Caso do colar da Rainha” um dos principais
eventos que levaram ao início da Revolução Francesa em 1789. Na história a lista de pilantras é
grande. Charles Ponzi - dobre o seu dinheiro em 90 dias - é conhecido na praça como
o pai das pirâmides financeiras. Frank Abagnale foi de mentirinha: piloto de
avião da PanAm, chefe da equipe médica num hospital pediátrico e advogado. Victor
Lustig foi o inventor da caixa de dinheiro. Uma máquina que - supostamente - imprimia
notas perfeitas de US$ 100. Não satisfeito vendeu a Torre Eiffel e trapaceou ninguém
menos que Al Capone num esquema de ações. Ferdinand Demara - em duas décadas de
trapaças - foi: monge católico, engenheiro, xerife, enfermeiro, advogado,
cientista, professor e médico. Como monge fundou uma universidade religiosa - que
existe até hoje. Durante a guerra da coreia embarcou num destróier da Marinha
canadense dizendo ser o Dr. Joseph C. Cyr.
Cuidou de 16 pacientes fazendo inclusive cirurgia cardíaca com cavidade
torácica aberta. Ninguém morreu. Publicou suas peripécias na revista Life. No
final da vida virou um pastor batista - de verdade. Cursou teologia e passou a
trabalhar em hospitais e obras de caridade, como capelão. Seria ele a dar a
extrema-unção ao ator Steve McQueen, seu amigo, em 1980.
27.08.2020
- Início
- Biografia
- Livros Publicados
- Críticas Literárias
- scortecci@gmail.com